domingo, 17 de maio de 2015

Bicicleta

Olhar para o céu em determinados momentos da tua vida, faz por em um discussão solitária a perspectiva da vida. De tudo. Como por exemplo a insignificância da minha opinião, mas talvez signifique algo(?). Sim, a resposta é sim.
Em domingo de sol, céu azul, pássaros entoando uma canção bonita que não ouso repetir, e mais uma vez encontrei-me cedo da manhã na rua, na companhia adorável, louvável, admirável, respeitável, (e tantos outros "áveis" que podem existir), e me pus de pé sob mastros de bandeiras. Me atrevi a atrapalhar canários, pombos, bem-te-vis, e tantos outros, com as minhas canções. Pessoas passavam, olhavam, conversavam comigo, aplaudiam, sorriam, e eu cantava. Olhei para o céu azul que ali estava esplendidamente por cima das árvores, e assim pensei: O que somos nós?

Fala-se de paz, que tenta-se ser obtida com armas. Fala-se de proteção animal, ao mesmo tempo que acendem o fogo para um churrasco de gado, porco, frango, peixe. Fala-se tantas coisas, mas faz-se tão pouco. O que somos nós? Faladores? Idealizadores?
Olhei para o céu, imaginando-me como uma nuvem deslizando pelos mais fortes ventos que lá em cima estão, viajando o mundo inteiro levando chuva, raios, trovões, beleza, sombra...e de repente vi-me sobre perspectiva de que aquela nuvem já fez tanto pelo mundo quantos nós, faladores/idealizadores. É dado nomes a elas para diferenciarmos as mesmas, tentamos prever suas ações e rezamos para que não se concretizem. Em dia de chuva, pede-se o sol. Em dia de sol pede-se chuva.
Sou apoiador das tardes de sol num dia frio. Sou a favor de que deixem as coisas da natureza acontecerem, e cuidemos de nosso grande e imenso universo. Sou a favor de que plante-se árvores, e não mais prédios. Que cheire-se mais flores, do que gases poluentes. Sou a favor de sermos mais sinceros, e menos atores. Sou a favor de muitas coisas, inclusive de respostas, e o que somos nós mesmo?

Eu queria tanto saber o por que de ser necessário premiações, troféus, dinheiro, aplausos e tantas outras recompensas para realizar qualquer coisa significativa para o mundo. E tu que lê pensa "ah, ele deve estar falando de coisas revolucionárias, cura pra AIDS, o fim da fome no mundo, a solução para o fim de guerras e etc", mas não. Eu falo de ações significativas para o mundo, e não para a alimentação significativa de nossos egos (não que essas ações não sejam necessárias, mas isso é feito com o primeiro intuito monetário. O intuito da cura vem depois).
Falo de vender o carro, e comprar uma bicicleta, plantar mais árvores, mais flores, ser mais pró-animais num GERAL(!!!!!), respeitar, amar, sonhar, perseguir sonhos, buscar crescer, evoluir, ser feliz e fazer o mundo respirar.

Do que somos todos nós? Carne, osso, sangue, artérias, músculos, e etc, não conta como resposta. Quero algo mais conclusivo e esclarecedor. O que quero dizer é que por mais que não saibamos de onde viemos, por que estamos aqui e para onde vamos, não importa! "O amanhã vai acontecer com ou sem você" (Alexandre Nickel), e como popularmente se diz, se queres um mundo melhor, comece por si próprio. Aja para que no futuro, teus filhos não tenham dificuldades para respirar, achar sombra, beber uma água, degustar bergamotas e etc. Fale menos, faça mais! Sonhe mais e corra ainda mais atrás desses sonhos. Não se prenda ao que já foi feito. Olhe menos para trás, apoie a arte independente da tua cidade, vá a teatros, sorria para músicos na rua, leia poemas, textos e livros, vá para a feira do livro, vá tomar um chimarrão no parcão. Seja mais você.
"O que somos nós?" é uma pergunta sem resposta, mas olhe-se no espelho e responda "Quem sou eu?". Por mais clichê que seja, a alegria de viver nos trará mais uns anos de vida.

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