segunda-feira, 31 de março de 2014

Quem diria (dirá)

Há muito tempo que penso em te escrever. Não sei ao certo, se é o momento certo, mas quando menos esperamos o momento já passou. Se estou adiantado, leia isto com um certo atraso. Se estou atrasado, ignore o tempo passado.

Eu não saberia ao certo dizer, se o mundo no qual vivemos faz parte de uma pequena parcela de auto-ajuda do nosso "ser", para crescermos intelectualmente e sabermos exatamente dizer se a escuridão esconde tanto quanto nós pensávamos, quando tínhamos 5 anos de idade. Há monstros lá? Há medo? Há maldade? O que há lá, que não me faça chorar, ou que não me faça pensar na minha vida inteira como se ela não tivesse valido a pena?

Seriam necessárias quantas palavras para dizer tudo que eu sinto? Eu não sei. É meio confuso dizer, que o que é natural, naturalmente se faz incandescente no meio de toda essa falta de "mente". Quem é você? Eu sei quem é. Há muito tempo tu conseguiu fazer sorrir um universo inteiramente cinza. Coloriu o banco que eu estava sentado, e eu te vi. Não, eu não era daltônico. Eu estava perdido, e confuso. Eu estava entusiasmado para saber o que o mundo diria ao ver, que nós, tão diferentes, seríamos tão únicos? Ah, mas o teu olhar não desvia de mim, e mesmo nas noites mais escuras, eu o vejo, e sou apaixonado por ele. Tenebroso, misterioso, nada diz se você não quer ouvir. Explica tudo, de um só vez. O que você fez de tão diferente para me entusiasmar?

Eu queria uma frase clichê pra você pensar que sou inteligente, mas eu pareço um idiota tentando escrever mundos inteiros pra ti, e não conseguir sair daqui. Em parte por que você fica linda nessa blusa branca. Em resto, por que no seu olhar, existem vários mundos que tento definir. Já vi a mim, já vi os outros, já refletiu o sol, e já iluminou algumas ruas. Parecer inteligente é muito importante hoje em dia, já que vivemos rodeados por ignorância, não é? Parecer inteligente parece tão legal quanto de fato ser.

Afinal, o que estamos fazendo aqui? Que mundo é esse? Por que não posso estar junto de ti? O que nos faz querer cada vez mais o calor humano, corpo-a-corpo? Eu não sei. Nada sei. Tudo é confuso e misterioso no mundo, e nada se mostra concreto mediante a verdade. Queria variar um metro pra poder fazer minha escada de 10 degraus chegar até tua casa. Não me falta vontade. Me falta realidade. Não sei onde guardei ela, não sei onde se perdeu. Uma hora aqui, outra hora acolá, e quem vai dizer no final, se o que eu vivi foi realmente real?

Escrevo para você, Lua.

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