sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sem Titulo

A gente poderia fugir disso tudo. Poderíamos estar muito longe daqui, muito longe disso tudo que nos mantem afastado. Bem longe do status social, bem longe da tristeza, bem longe da negatividade, bem longe da necessidade que se cria em volta do dinheiro.
A gente poderia fugir daqui. Ir para o norte, direção leste, oeste, sul...poderíamos simplesmente dormir. Ficar longe de qualquer coisa que rasga o sentimentalismo que não existe mais com tanta frequência nas almas errantes desse planeta. Acho que é isso. Precisamos de outra frequência. Sintonizar uma AM desabitada e ficar por lá...quem sabe alguém lembra de nós? Creio que não.

Não. A gente já está separado por tudo isso, e agora o que me resta? Vou fugir sozinho, vou olhar para a parede de madeira envelhecida da minha cabana, com uma xícara de café, a única xícara de lá. Vou ler o jornal, de 1967, e ver que se eu misturar as letras todas, a gente pode formar algo do tipo "guria, meu medo não é de falar, é de errar no que falar.", e dai deitar na minha cama, feita de carvalho, e um colchão de palha entrelaçada, coberta por um lençol que peguei de casa.

Não faz tanto sentido assim, mas veja bem, que sentido devemos tomar hoje? Seja qual for, por favor, ponha bastante açúcar.

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