sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Sobre o que não quero lembrar

Há muitas vezes em nossas vidas, em que tudo que queremos é um ponto de paz, é achar o ponto de paz. Há vezes na vida, que não sabemos o que fazer. Na minha vida, existe muita nostalgia...melancolia...existe muito de tudo aquilo que eu não quero sentir. A saudade...
As vezes olhando para uma simples parede, se perde o olhar, o pensamento se volta para tudo aquilo que queremos de volta, tudo aquilo que um dia te fez sorrir, te fez feliz. Mas quando tudo acaba, é difícil esquecer, é difícil aceitar. E o que fazer, se as memórias insistem em contigo conviver? 
Papel e caneta, ou aqui neste blog, eu me sinto mais livre para escrever do que eu estou aflito, escrever, o que dentro de mim está preso. Vir aqui, escrever certas linhas, que dizem que eu quero fugir desta monotonia...dizem que nada aqui foi feito pra mim. E um tempo depois, eu percebo, que o que é pra mim, não chegou ainda. Estou todo dia lutando pelo que quero, estou todo dia pensando no que quero esquecer, e no fim do dia, ver tudo ir embora, mas na verdade, apenas se escondendo por debaixo do meu travesseiro.
Eu sinto falta de sorrir do nada, ter com quem contar, aprender todos os dias uma coisa nova. Tenho saudade dos momentos que não vão voltar, tenho saudade dos momentos que nunca existiram...eu sou um louco, e nunca aprendi a desacreditar em tudo que sinto falta. Eu nunca aprendi a esquecer. Mas de que vale esquecer? Pra que? Por que devemos lembrar?
Muitas pessoas esperam de mim o que nunca vão receber. Muitas pessoas apostam em mim, um futuro brilhante, mas como vou brilhar, se a escuridão reina no meu coração? E por escuridão quero dizer memórias que me prendem ao passado, e não me deixam seguir em frente. 
Vou refletir, vou dormir, vou sonhar, vou continuar a escrever este texto, com em cada palavra, um sussurro desesperado por salvação, salvação de todo o passado. E não há nada que me faça sentir o que já sentido, não há nada que eu queira mais do que esquecer.
Onde está meu ponto de paz agora, se embaixo do meu travesseiro, estão todas as lembranças? Se em cartas que nunca queimei, estão todas as linhas que eu mais idolatrei? O que vou fazer se ninguém sabe que ainda guardo as lembranças no meu coração, por serem momentos que eu amei?
Eu bem que podia ignorar tudo isso, mas como eu conseguiria fazer isso? Olha quanto tempo já passou, e eu ainda lembro de tudo isso. Só quero que tudo isso vá embora. 
O que eu peço é meu ponto de paz. E o que vos digo para encerrar mais esta história onde coloco meu sofrimento interior é: Feridas ei de curar afinal.

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