Queria amanhã amanhecer mudado. Não ser mais este ser errante, o qual sou hoje. Embora eu tenha aprendido que nem mesmo a morte é permanente, eu também descubro que é o tempo que vai tirar a nossa paz. Paz a qual até hoje eu não encontrei.
Eu sei que há muito o que viver, mas nos dias de hoje, como podemos saber o que realmente vale a pena viver? A todo momento alguma parte importante das nossas vidas é esquecido, e como vamos saber como caminhar sem as partes que nos faltam?
Tudo na vida é resultado de algo. A vida é a matemática com os resultados mais perfeitos, mas que mesmo assim, são os mais imperfeitos. Por exemplo, eu sou o fruto de minhas falhas, e quando eu acordar amanhã, vou estar muito pior, por não saber aonde quero chegar. Querendo abandonar a posse do sentir.
Mas quando mandarmos nosso corpo para esquecer, as feridas para falar, lembraremos de todos os "adeus" que não demos ao longo dos anos. E eu sei muito bem, eu sou uma cópia barata, das mais surradas, do que eu acho que eu sou.
A muito tempo eu queria escrever estas linhas, pois há muita coisa martelando em minha mente, há muitas coisas que eu não consigo expor em linhas saudáveis, se não em um plágio de uma canção, o que não me faria alguém legal.
Mas eu procuro, em qualquer vitrine dessa cidade, algo em que eu possa me apoiar, algo que não vá me apunhalar pelas costas, ou me derrubar no meio do caminho. Eu procuro o que eu nunca encontrei, e eu estou cansado de procurar em tudo, o que nunca talvez eu vá encontrar.
E eu não consigo adormecer, sem imaginar aquela voz cansada que tanto eu já ouvi, que tanto eu já imaginei, que tanto eu já desejei. Eu não consigo dormir sem imaginar, aquele rosto com que tanto eu já sonhei, aquele rosto que eu nem sei se existe de verdade.
Mas eu, eu realmente preciso, de algo que me de algum motivo real, concreto...algo/alguém que me incentive a viver com a maior paixão possível. E possivelmente eu não irei encontrar hoje, nem amanhã, e eu não sei se irei encontrar esse mês ou esse ano. Nem sei se encontrarei na minha vida.
Para encerrar este curto texto eu digo: Eu preciso parar de fingir esse meu "viver".
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