As vezes não sabemos, as vezes não vemos
Dizemos não, fechamos os olhos, serramos os lábios
Não queres acreditar no mundo de hoje?
Então abra o jornal, ligue a tv, e se deixe manipular
Ou abra seus olhos, grite bem alto pra todo mundo ver
Que você não quer fazer parte desse ‘todo mundo’
Mas talvez o único jeito de ver seja apanhar desse mundo
Onde os espelhos não refletem a você e sim simulam uma
realidade
Não deixe a luz da televisão te cegar, conte histórias nos
teus versos
Desenrole seus dedos e faça o enredo da tua vida
Não espere a música acabar para ver o que vai cantar
Não leia apenas o rótulo, prove do produto e tenha certeza
que vale a pena
Não espere ser tarde de mais.
Hoje liguei o rádio, e ele disse que o mundo é perfeito
Fui lá fora pra conferir, e nada mais nada menos
Do que um monte de nada
É apenas um lugar onde monótono manipulado reina
Sei que quando tu abrir os olhos tu não vai acreditar
Mas as vezes nem eu sei, pois a verdade se perdeu
Num mar de concreto...onde nada é concreto
O mundo do rascunho é
uma ilusão
O sofrimento do mundo que vejo é eterno
Já acreditei demais em tudo, cansei de dormir
Vou traçar meu destino passo a passo
Vou abandonar a ilusão, vou achar a saída
Vou abandonar as gravações de uma falsa civilização
Vou acreditar nos meus princípios, e vou viver bem longe
desse monopólio
Vamos parar com esses planos e promessas
Vamos parar com essa vida de papel, onde tudo é frágil
Vivemos o agora, façamos um mundo no presente
Esqueçamos o futuro, lembremos do passado, e fiquemos
segundos antes de dormir
Vendo tudo o que fizemos.
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