sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aquela apologia à melancolia


Não sei mais o que escrever, se nem palavras me restaram depois de você.
Ela me disse “siga em frente” e eu disse “não pode haver certeza nas tuas palavras.
Por que nem eu mesmo tenho certeza na minha respiração.”
E você apenas disse adeus.
E esse vazio no peito já ecoa cada batida do meu coração, que hoje se faz em vão.
E quando você voltar, não vai haver nada mais pra ti amar.

As coisas ei de mudar, eu ei de ser feliz, eu ei de voltar a sorrir.
Uma xícara de palavras baratas por favor.
Quer ver se juntas acalmarão este meu pobre coração.
Um copo de sonhos possíveis por favor.

Quero ao menos uma vez me sentir o gosto de alcançar.
Procuro em todo abraço, em todo sorriso, aquilo que tu tirou de mim.
Mas pro cara que ama, e sente algo, apenas um sorriso e um amigo.
Um só sentimento, e uma só voz ecoando em minha mente.

E o que fazer se um dia tu acordar sem motivos para viver?
Eu apenas escrevo palavras vazias
O que fazer quando as luzes se apagarem?
Eu apenas penso no que me fez sorrir.

Mas o meu destino não é ter alguém a não ser meu caderno.
Meu destino foi traçado pelo lado errado.
Eu sou um homem errante, eu sou o que não se serve de exemplo.
Solidão é minha única companhia, mas não é ela que eu quero ao meu lado.
Eu não procuro grandes motivos para ser feliz.
Procuro ser feliz.

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